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Comprar uma casa usada: quais os cuidados a ter?

Comprar uma casa usada é bem mais prático do que construir uma, e, talvez por isso, tantas pessoas escolham essa opção nos dias de hoje. Contudo, devemos prestar atenção a vários aspetos, alguns óbvios, outros nem tanto.

A localização e os acessos – tendo em conta que as habitações melhor localizadas são, à partida, mais caras -, o ano de construção, a situação profissional do próprio agregado familiar – ninguém pensa ser despedido, mas convém pensar na estabilidade financeira ou na eventualidade de mudar de emprego ou ser transferido -, assim como o orçamento disponível para a compra da casa. Reflita se prefere uma moradia pronta a habitar ou se uma mais antiga para restaurar se adequa mais aos seus objetivos; confirme a documentação, certificação energética e plantas do imóvel. Os ónus – financeiros, fiscais e de propriedade – sobre o imóvel são extremamente – pode consulta-los nas finanças e na conservatória. Por último, faça perguntas sobre a vizinhança e, caso esteja a pensar num apartamento, tente perceber como é a relação com o condomínio.

 

Exposição solar

A orientação solar de uma casa é algo com bastante relevância. Para além de ter uma influência direta na vida de quem a habita tem, também, influência nos custos energéticos, ou seja, no valor da fatura da luz no final de cada mês. As habitações viradas a norte raramente apanham sol, mas se estiverem viradas para sul são soalheiras. A nascente recebem o sol da manhã e a poente o da tarde. Assim sendo, uma moradia voltada para norte é mais fresca, o que é ótimo no verão, contudo, no inverno, será necessário investir mais no aquecimento – para além de ser mais suscetível a problemas de humidade. Por outro lado, um edifício voltado para poente tem maior exposição solar e, consequentemente, será mais quente no inverno, todavia poderá tornar-se demasiado abafado no verão.

 

Exterior do imóvel

Analisar, cautelosamente, o estado exterior da construção, independentemente se optamos por uma moradia ou um apartamento, é algo indispensável – esta ação vai mostrar os cuidados da manutenção. Verifique se a habitação tem fissuras, falta de algum tipo de revestimento – como azulejos -, ou se nota manchas de humidade. No caso de apartamentos, atente-se à qualidade e estado de conservação da fachada – estes custos de manutenção e/ou reparação costumam ser dispendiosos para os condomínios. Se estiver a pensar viver no último andar, tome especial atenção à impermeabilização e isolamento – com esta atitude consegue precaver as infiltrações nos meses chuvosos. Relativamente às paredes, saiba que paredes grosas e mais consistentes são, regra geral, mais eficazes a nível térmico e acústico.

 

Interior do imóvel

Tal como no exterior, é necessário que preste atenção a eventuais defeitos: fissuras, sinais de humidade, manchas amarelas, conservação dos materiais e eventuais necessidades de pintura. Analise os armários – os da cozinha estão mais sujeitos à degradação, mas é importante confirmar todos -, verifique as instalações de água, luz e gás – se não se sentir confortável pode pedir ajuda a um profissional. É importante perceber se o sistema de aquecimento da água é elétrico com termoacumulador ou a gás com esquentador. Teste o fluxo da água e procure saber o estado das canalizações – mesmo que não tenha visto nenhum problema. É comum, com o tempo, os canos acumularem depósito e, consequentemente, perderem pressão. Verifique, também, o quadro elétrico para saber a potência instalada. Quadros com fraca potência impedem a utilização de vários eletrodomésticos em simultâneo – o que pode, posteriormente, dificultar a sua vivência na habitação. Confirme também se a instalação é recente – e, caso não seja, se já foi renovada – e se o número de tomadas em cada compartimento é suficiente. Observe o estado de conservação e o material das caixilharias dos véus exteriores – podem ser de madeira, alumínio ou PVC -; há algum tipo de proteção como estores ou portadas? Um bom estore constitui um bom isolante acústico e luminoso. Os vidros duplos, como o nome indica, isolam melhor que os simples – tanto a nível do som, como da luz e da temperatura. Relativamente ao nível estrutural do pavimento – por baixo do revestimento -, a laje de betão é melhor em termos de segurança contra incêndios e o seguro é mais barato, quando comparada com soalho de madeira.

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